Quando eu
recebi o diagnóstico de Espondilite Anquilosante, confesso, fiquei confusa,
perplexa e chocada.
Já havia
mais de dez anos que eu lutava contra um inimigo invisível que me roubava a
energia, a força e a vitalidade. Ainda assim, eu me choquei.
Foi um
misto de sentimentos. Por um lado eu me via absolutamente perplexa com o fato
de que eu realmente tinha uma enfermidade crônica, incurável e o pior de tudo,
debilitante e progressiva, mas por outro lado a enfermidade já estava aqui há
muitos e muitos anos, minando minhas forças e sabotando meu futuro, então vamos
lá! Qual a novidade?
A novidade
é que meu inimigo agora tinha nome, e com o seu nome vieram juntas as armas para
derrotá-lo.
E havia
outro alívio. Eu não estava louca, não era frescura nem chilique.
Há dez anos
atrás quando desconfiaram pela primeira vez de que eu pudesse ser portadora de
uma doença autoimune, eu contei com pouquíssimos amigos ao meu lado.
Há dois que
posso citar sem medo de ser injusta com todos os outros: Luciano Demetrius e Marina
Korte.
Foi com
ombro deles que eu contei quando chorei, surtei, desmontei.
Eu que era
“firmona” na igreja. Cantava, dançava e ensinava as crianças a dançar, tive meu
momento de queda e desespero. Na época, as dores eram insuportáveis, e eu
desmaiava e perdia bebês.
Eu desabei!
E com raras exceções, como a Silvia que até chorou quando eu contei da suspeita
da médica, quase todos os outros lançavam olhares desconfiados, como se tudo
não passasse de uma encenação exagerada. Na ocasião eu escrevi no meu blog que
havia tomado um porre em São Paulo. Eu escrevia entre outras coisas sobre a
generosidade de uma mulher estranha, que me encontrou vomitando no banheiro de
um boteco da Rua Maria Antonia. Sentou ao meu lado, ali ao pé da privada,
segurou a minha testa enquanto eu vomitava, e ainda acarinhava meus cabelos.
Não me fez
uma pergunta, não me julgou. Sentou-se ali com uma bêbada desconhecida e tudo
que fez foi dar amor. Eu comentei que naquele momento era como se visse o
próprio Deus ali ajoelhado ao meu lado, cuidando de mim. E sim, essa é a visão
que eu tenho de Deus.
Eu chorei
com ela e comecei a gritar que ia morrer, que não ia mais conseguir dançar, que
não poderia ter filhos e que teria uma vida cheia de limitações. Ela me abraçou
e disse: Meu tio tem câncer. Eu sei como é triste enfrentar uma doença sendo
assim tão jovem, mas vocês vão ficar bem.
Não tenha medo que tudo ficará bem.
E eu saí de lá tomando essas palavras como profecias para a minha vida e tendo a certeza de que eu havia encontrado uma dessas fadas de botequim.
Não tenha medo que tudo ficará bem.
E eu saí de lá tomando essas palavras como profecias para a minha vida e tendo a certeza de que eu havia encontrado uma dessas fadas de botequim.
Postei o
que aconteceu no meu blog. E arrematei com uma música do Los Hermanos que
dizia: Deus manda a cavalaria, que hoje a fé me abandonou. ( música original
dizia: se existe Deus, manda a cavalaria).
Não sei se
foi autocomiseração, carência ou puro excesso de sinceridade, mas o castigo
veio a galope: O post do porre aliado a outras denuncias de má conduta cristã
da minha parte (algumas absolutamente infundadas e caluniosas) me levaram a ser
“disciplinada” pela direção da igreja.
Imagina que legal! Você descobre que está doente, toma um porre desesperada com a situação e daí é castigada por causa disso. Talvez o esperado fosse tomar o porre escondido e continuar fazendo cara de super santa, mesmo sentindo que o mundo ruía aos meus pés.
Imagina que legal! Você descobre que está doente, toma um porre desesperada com a situação e daí é castigada por causa disso. Talvez o esperado fosse tomar o porre escondido e continuar fazendo cara de super santa, mesmo sentindo que o mundo ruía aos meus pés.
Apesar de
toda dor eu não posso me queixar de nada disso.
A suspeita
de uma doença ruim me levou ao limite da angustia e isso de certo modo foi
absolutamente libertador.
Eu passei
os primeiros dias cantando Chico Buarque: Façam muitas manhãs que se o mundo
acabar eu ainda não fui feliz!
E daí
decidi ser feliz na marra!
Isso
colocou muitas coisas da minha vida em crise. Já não havia espaço para nada
mais que não me fizesse bem.
Não posso
dizer que isso chegou a ser algum tipo de manifestação hedonista. Eu sempre fui
muito certinha, muito mais voltada aos outros do que a mim mesma, e nem sabia
direito como fazer para viver só o que me agradava, mas eu comecei a tatear meu
passado perdido e meu futuro embaçado.
Sabe quando
a Clarice Lispector diz que ate cortar os próprios defeitos pode ser perigoso,
porque não se sabe qual e o defeito que sustenta o edifício inteiro? Então, foi
assim...
Cortei
tanto das minhas loucuras, ousadias e rebeldias, que já não me achava não
espelho.
Eu já não
recitava a bíblia, mas Cecilia Meirelles: “Eu não tinha esse rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro. Nem estes olhos tão vazios, nem os
lábio amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas.
Eu não tinha este coração que nem se se mostra. Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil: Em que espelho ficou perdida a minha face?
“. E Mario de Sá Carneiro: “Perdi-me
dentro de mim porque eu era labirinto, e hoje quando me sinto, é com saudade de
mim”.
Tudo ao meu
redor sufocava, o trabalho, o casamento, a família e alguns de seus problemas
recorrentes e um “tantão” de falsos amigos que jurava de pé junto que eu não
percebia o mal que me causavam.
Apesar
desse entorno, eu achava que teria a vida toda para consertar tudo e o senso de
finitude me despertou rapidamente da letargia que me acometia.
Nessa
época, minha jovem prima, que estava lutando no hospital lutando contra um
lúpus horroroso era meu termômetro. Ela era ainda mais jovem que eu e tinha
dois filhos para criar.
Foi nessa
hora, que os “conselhos” da Isadora
Duncan deram direção pra minha vida: “ Você já foi ousada, não permita que a
amansem”.
E daí
endoidei, fui longe, rompi amarras, me libertei, me permiti, e infelizmente no
processo, feri gente que não merecia, mas foi assim que recomecei, que me
reconstruí e me reinventei. E foi assim que virei a mulher do Fabio, a mãe da
Khadija, do Ferdinando e da Filomena (embora tenha perdido minha Mimi). Foi
assim que saí do Brasil sem falar “uma palavra” de inglês para morar na
Indonésia em pleno pós Tsunami.
A essa
altura eu já sabia que não tinha Lupus, mas o médico já havia alertado: Algo
autoimune você tem, mas o quê?
Oras bolas!
Se ele ( o médico) não sabia, como é que eu ia saber?
Mas sabe
quando você tem uma cicatriz, ou um defeitinho congênito e se acostuma com ele?
Eu acabei
me acostumando com as dores nas articulações (as quais eu sempre atribuía ao
excesso de esforço por causa da dança), com a bronquite, o prolapso da válvula
mitral e todo o resto. Acho que já fazem tantos anos que não passo um único dia
sem sentir dor que pra mim o que fazia diferença era só a intensidade da dor.
Só que essa intensidade começou a sair de controle, o pé direito começou a
enrijecer e o quadril começou a travar, as mãos perderam a força e o cansaço
passou a ser muito intenso.
Começou a
demorar um bom tempo até que eu pudesse pôr-me de pé e caminhar normalmente.
(Se isso já seria bem chato para qualquer um de nós, imagina só o que significa
para uma pessoa que dança, que pinta e que é mãe de uma bebê de quase três
anos.)
Então já
não dava mais para fazer vistas grossas e eu voltei a procurar médicos que
pudessem lançar uma luz ao meu problema.
Eu já havia
passado por inúmeros ortopedistas. Um deles depois de me receber torta de dor
no seu consultório me perguntou se eu era “chiliquenta” e me disse que era
normal que pessoas estressadas tivessem reações psicossomáticas. Eu perguntei a
ele como que em 2 minutos ele havia chegado a conclusão de que tudo era apenas
psicossomático e ele alegou que era porque eu andava curvada (cabisbaixa) e
tinha um olhar de quem não dormia por muito tempo.
Eu então
expliquei que havia chegado do Vietnam na tarde anterior e que tinha viajado 48
horas na classe econômica, sem esticar as pernas direito e sem dormir. Com um
bebê pendurado no pescoço e uma mala na mão. Argumentei que estava torta de dor
e não de depressão, stress ou falta de autoestima, dai ele me deu uma
infiltração e me mandou embora. Isso foi há cerca de três anos atrás e teria
ajudado muito se ele tivesse pedido exames ao invés de fazer uma consulta no
estilo mãe Diná, tentando julgar meus sintomas pela cara torta que eu tinha em
função de um jet leg horroroso.
O fato é
que o paciente autoimune, principalmente aquele que ainda não foi
diagnosticado, sofre horrores com esse tipo de “ bullying médico “. Você passa por inúmeros especialistas e eles
(quando não conseguem achar o diagnóstico) ficam tentando te convencer que você
não tem nada demais. Você sai do consultório dos caras, desejando o cartão de
um bom psiquiatra, afinal em teses você não passa de uma histérica,
hipocondríaca e mal resolvida pessoa.
Lembro-me
que a primeira vez que me queixei de dores articulares, falta de ar e dor no
peito e os exames não mostraram nada, exceto um prolapso da válvula mitral bem
leve, a médica me disse que pediria novos exames e que se nada fosse encontrado,
ela me enviaria para um tratamento psicológico.
Eu tinha
uns 22 anos quando ela me disse isso. Vejam que eu já podia estar sendo tratada
há pelo menos 20 anos se os médicos por aí fossem mais holísticos, humildes e
honestos a admitir que não sabem tudo, nem nunca saberão. É mais fácil, muito
mais fácil culpar o paciente por sentir dor, cansaço e exaustão. Dai você
desiste de procurar respostas e passa a conviver com a dor. Ela passa a fazer
parte da vida e depois de um tempo você já nem lembra o que era ter uma vida
sem dor.
E dizem por
aí, que a tudo a gente se acostuma, não? Pois é...
As doenças
autoimunes são doenças silenciosas. E são bem cruéis.
Se você
conta que tem uma doença grave, as pessoas esperam um certo fator dramático na
história. Quando você explica que não vai morrer disso, mas que às vezes fica
cansada demais para varrer uma casa, e que já não consegue mais dançar como
antes, ou que tem medo porque seu dedão está ficando torto, então as pessoas
perdem a compaixão instantaneamente.
Seu cabelo
não vai cair, você não vai morrer disso e nem tampouco vai se entrevar numa
cama. Mas levantar a cada dia é um esforço múltiplo. Tudo dói, tudo trava e o
cansaço é aberrante.
Talvez você
me ache um tanto mórbida, mas eu precisava e queria falar sobre isso.
Eu
precisava esgotar minhas dúvidas, meu sentimento de inadequação.
Eu preciso
encontrar pessoas que pudessem me explicar pra onde isso tudo caminharia.
Pessoas que me falassem sobre suas limitações e superações. Gente como eu que
entenderia que ser portador de uma enfermidade não precisa te deixar com cara
de lixo nem com aparência de doente, mas ao mesmo tempo explicar que uma
aparência bonita não significa necessariamente, saúde. Existirão dias em que eu
estarei com a cara ótima mas doente de verdade, mas desde já, aviso aos
navegantes! Eu não vou parar de dançar.
Eu já
dancei um dia inteiro com o pé quebrado, acha ndo que era so mau jeito. Ja
ensaiei com o joelho amarrado e aprendi com a Cláudia Alonso e alguns outros
amigos e parceiros de teatro e dança, que a dor pode ser superada pelo prazer.
Imagino que
seja algo assim como o parto. Um tipo de dor que compensa.
Ainda não
sei como vou resolver isso, não é só a dor, a demora do diagnóstico fez isso
espalhar e agora meu pulmão definitivamente decidiu parar de colaborar. Tenho
tido repetidas crises de asma e tá muito difícil reverter qualquer gripinha sem
ter que acabar apelando para antibiótico e corticoide, mas há muitas lições que
podemos aprender diante de uma enfermidade:
Duas quais
eu realmente latejam em meu peito agora, são: a efemeridade da vida e o poder
da compaixão. No entanto há uma outra lição,
a maior de todas:
O livro só acaba quando você escreve fim.
Eu não sei
em que ponto da historia da minha vida eu me encontro. Não sei quantos anos de
vida me aguardam e tampouco sei o que essa enfermidade ira "fazer
comigo". Mas uma coisa eu sei.
Essa
historia não termina aqui. E não quero e não vou me resumir a essas pequenas
lutas diárias.
Eu não vou
sucumbir a essas dores.
Eu sou
muito maior que isso e tenho muito a fazer nessa vida.
Tenho uma
filha que e um verdadeiro anjo, um marido que eu amo feito louca, amigos que eu adoro, e tenho ainda um mundo
inteiro de sonhos e desejos e lutas particulares dos quais eu ainda não desisti
(e há ainda as lutas que não são as minhas, mas as nossas, de toda a
humanidade.) Ainda há muitas Belo Montes para fechar, muito educação para
partilhar, muitos direitos humanos a se garantir, muita pobreza para vencer,
muita arte para espalhar e muito empoderamento para partilhar.
Eu não vou
sucumbir a nada disso, porque como diz o dito popular, que aquilo que não nos
destrói, nos faz mais fortes. É o chavão mais verdadeiro do mundo! Então eu vou
lá embaixo no porão das minhas duvidas e incertezas e vou chorar, espernear,
ficar louca da vida, xingar o meu destino e bater boca com a minha sina, mas daí
vou sair de lá, em cima do salto alto.
Linda e de cabeça
erguida, porque o bom de ter tido uma vida dura, é aprender a se reconstruir
quantas vezes forem necessárias.
Essa não será
a primeira, nem a ultima vez da minha vida, em que eu terei que me reinventar
para sobreviver, mas sabe? Quando era adolescente eu li um livro chamado
"a ilha da chuva e do vento". Não lembro mais nada da historia do
livro, mas há uma coisa que nunca me saiu da cabeça.
Em uma
parte da história, uma senhora nativa dizia a sua jovem filha: A vida é como um
cavalo. Você monta nele e o domina. Diz o caminho que quer seguir e o conduz
pela estrada que deseja ir, mas se você não toma as rédeas do cavalo, então ELE
te leva para onde quer. E às vezes nem ele mesmo sabe pra onde está indo. Então
nunca se esqueça: Tome a rédeas do cavalo. Tome as rédeas da sua vida.
A frase não
era exatamente assim, mas essa foi a mensagem que ficou no meu coração para
sempre (livros são poderosos eu sempre digo!).
Tenho
ciência em que existirão dias eu que eu desabarei, e que vou achar que o mundo
vai acabar. Vou ter raiva das dores, dos remédios e das limitações.
Resiliência é uma das palavras que aprendi com vc meu amor, Fabi Mesquita! E me surpreendo sempre com a sua, infindável, indomável! Ta lindo o texto, principalmente pra quem acompanhou estas duvidas pelo menos pelos ultimos 8 anos. Te amo e sei que no final vai dar tudo certo!
ResponderExcluirFabio Mesquita
Deus é contigo amiga, força e garr e fé são seus aliados..Estou contigo em oração...Paz no teu coração e fam
ExcluirR(Eni)
<3 Antes de tudo... <3 Te amo muito!
ResponderExcluirAh, Fabi, minha amiga... Que pessoa forte você é! Eu tenho tanta fé que você tem muito o que viver, muito para ensinar e tanto para mudar no mundo que nem preocupada com você eu fico! Porque, sinceramente, não acredito que Deus tenha colocado você no meio da gente para que possa terminar fazendo metade do trabalho. Não, amiga... Você é linda demais, poderosa demais e vai mudar o mundo!!! =)
Parabéns pelo seu texto, cheio de força. Parabéns pela sua força de vontade e pela sua voz, sempre alta e altiva. Amiga, sempre haverá horas que nos sentiremos desanimadas. E, neses momentos, você pode contar comigo. Ainda que não possa abrir uma garrafa de vinho e ir para a sua casa para te abraçar enquanto você divide tudo que existe no seu coração, estarei aqui. Porque você é família, Fabi Mesquita, e nós não abandonamos família. Simples assim!
Te amo!
Fabi,
ResponderExcluirSeu texto é tão verdadeiro que me emocionou profundamente. Força, fé e coragem. Grande abraço! Vanessa Ratton
Fá, belíssimo seu texto, principalmente por essa sinceridade que é (desde sempre, viu?) a sua maior força. E além da sua história propriamente dita, você toca num ponto que é muito sério e verdadeiro: esse "bullying médico". Temos que lutar contra isso, contra a falta de sensibilidade de quem (por missão!) deveria ser sensível para a dor do próximo.
ResponderExcluirCuide-se e não suma... força sempre...!
Ai, quer saber? Nós somos irmãs gêmeas, separadas ao nascimento, embora eu não saiba dançar nem bolero!
ResponderExcluirNão vou contar minha história toda, só vou colar aqui o depoimento no falecido orkut, que minha filha escreveu em 2007:
"mamãe é um caos, mas não tão difícil de entender. Lentinha pra umas coisas e muito esperta pra outras, extremamente coerente em tudo que diz e faz, educada e boazinha demais em algumas ocasiões... em vez de explodir, implode. parece que não tem amor à vida, de tanta porcaria que come e bebe, e parece uma hipocondríaca inveterada, de tantos remédios que toma. Mas tem, e não é. ama sua terra e sua história, mas adora viajar e experimentar o novo. É a melhor mãe que eu tenho (e olha que sou bem exigente), e isso já basta. E eu amo ela bem muito."
Prestenção no "tantos remédios que toma" e no "mas não é" [hipocondríaca]. Minha filha, a pessoa que mais convivia comigo, via o tanto de remédio que eu tomava, mas via tb o amor à via... enfim, era quem importava que soubesse quem eu realmente era e como eu realmente vivia.
Eu falei que não vou contar minha história, mas tem muuuuita coisa parecida. Hoje estou bem, com meus milhares de remédios, pozinhos (linhaça, amaranto, chia, etc) mas não sei o que é um dia sem dor. Como você bem disse, a diferença é a intensidade da dor.
Mas quer saber? Continuo, como você, vivendo minha felicidade, sorrindo, viajando, lutando pelo que acredito... e adorando receber de Deus os presentes, que são pessoas como você na minha vida, ainda que virtual!
Beijo, minha flor! E que o Pai lhe renove as forças e a fé a cada dia. Que Ele lhe faça transbordar de Sua Graça!
Amo você!!!
Querida Fabi , seu texto fortaleceu-me já na primeiras horas da manhã, ao ser minha primeira leitura matutina .... como sempre faço me dirijo ao pc e vim de imediato ao seu blog , comovida fiquei, desconhecia esse lado forte de extrema superação e já lhe admirava por considera-la corajosa por estar em um País tão distante , agora sinto que és corajosa diante da vida ! Obrigada por nos dar a oportunidade de em qqer situação por pior que seja nos sentirmos fortalecidas pelo seu exemplo! bjs carinhosos para vc, sua linda filha e respeitosamente ao seu companheiro !
ResponderExcluirDescobir o que voce tem pelo menos e aliviar que nao e tudo da sua cabeca !!!Quem nao sabe o que e sofrer de doencas cronicas e nao saber o que e ...acha que e frescura mesmo
ResponderExcluirBeijocasssss
Karla
"Fabi, querida, que linda mensagem. Sua luz e energia são muito maiores que essa doença que agora resolveu se apresentar. Se camuflada ela já era superada triunfantemente, imagina agora que você pode enfrentá-la cara a cara! Você é muito maior, melhor e mais forte que ela! Nessa disputa, aposto tudo em você! A fé tudo pode! Beijos"
ResponderExcluirAgnes Godoy
"Linda... é isso.... BEM ISSO! Obrigada!"
ResponderExcluirClaudia Alonso
"A vida trouxe mais uma oportunidade de crescimento e vc. está sabendo aproveitar.Beijo carinhoso ,minha admiração e torcida."
ResponderExcluirIla Barja
"Vc me cala e encanta!!!!!!!!"
ResponderExcluirCris Pinheiro Lima
"Que preciosidad! No tengo palabras, la verdad, para expresarte la experiencia al leer lo que escribiste. Me hizo llorar. Si, Fabi, continua luchando... porque sin mujeres como tu esta vida no tendría sentido! Muchas gracias por tu sencillez, por esa calidad femenina y mujer que hace que se renueven la sinceridad y espíritu de guerrera que yo también tengo, y que muchas mujeres llevamos dentro...beijos!"
ResponderExcluirElvia Ortiz
Olá Fabi! Sou nova por aqui e acabo de te conhecer por esse post. Lendo tudo isso que vc escreveu, não pude parar de pensar em te contar uma história de vitórias, espero que com essa passagem que eu vou te contar, você ganhe alguma força.
ResponderExcluirEu tenho uma prima que ficou com uma doença bem séria aos 19 anos. Era algo como cancer, mas era outro nome complicado, que se espalhava pelo corpo todo. Quando deram essa notícia a ela e a mãe dela, o médico falou a mãe dela: Preparem-se, pois sua filha VAI morrer. A primeira coisa que elas fizeram, foi mudar de médico, pois nunca conseguiram acreditar nisso, Graças a Deus! Ela teve um longo tratamento com quimio e rádioterapia, o que fez com que os médicos a informassem de que ela jamais poderia ter filho. Ela não se entregou, lutou com unhas e dentes e durante todo esse tempo eu estive ao lado dela. Ríamos juntas a maior parte do tempo e seu médico disse que eu lhe fazia bem como tratamento (um dos maiores elogios que recebi na vida). Sempre fui o ombro que ela chorava e sempre fui aquela que abria seu sorriso. Ela venceu a doença "mortal e impossível de ser curada" de pois de 3 anos. O tempo passou e ela teve uma vida normal, encontrou a pessoa certa, ficaram noivos e 2 dias antes do casamento, por milagre, ela descobriu estar grávida. Os médicos não sabem explicar o caso dela, mas hoje ela está bem e tem um filho lindo de 8 anos. Esse ano ela fez quarenta e comemoramos por ela ter o dobro da idade que deram pra sua vida.
O que quis dizer com essa história toda é que não se pode dar ouvidos a tudo o que falam sobre seu futuro e que acreditar na vida é o que faz ela acontecer. Sua atitude lembra-me muito a que minha prima teve e por isso eu já sei te dizer que você tem muita coisa linda pra viver pela frente e vai superar tudo isso. Continue com sua força!
Beijinhos!
Só posso te dizer: que sua força seja maior que teu medo, quando ele vier. Sempre!
ResponderExcluirDeus te ilumine. Uma lição de vida.
Beijo.
courage, mon amour!
ResponderExcluirBeijo da Lau
Eu só lembro do quanto fiquei aliviada e dei risada quando o Fabio me disse "vê Marina, ela queria morrer de Lúpus, mas não vai conseguir". Eu ri... de verdade. Achei que tinha passado, sabe? Não por maldade, mas que - de repente, vai - você pensava tanto nisso que sentia tudo o que sentia. E que uma hora isso ia passar...
ResponderExcluirQuando tu me disse: "viu, eu não tava loca, eu tinha sim alguma coisa" - eu "broxei". Nossa, como broxei. Fui ler a respeito (por sinal, muita coisa só em inglês mesmo) e pensei "PUTA MERDA!". Queria te "ouvir" a respeito. Eu tenho esse "dom" de ficar longe... de viver dramas que eu invento aqui pra mim... e te pedir colo e socorro... mas nunca (nunca!) passa um dia sem que eu pense em você ou comente de ti.
Tem certas coisas que não podem acontecer com qualquer pessoa. Tava conversando com um amigo que teve uma filha que nasceu com uma doença congênita que atacava o pulmão dela... e o primeiro diagnóstico foi "olha, aborta porque ela não vai sobreviver após o nascimento". E ele e a mulher não cederam.. foram atrás, acharam outro médico que disse que ela podia ser campeã de natação. E hoje a menina tá com 15 anos... eu conversando com ele pensava "meu, e se fosse eu? acho que abortava!". Engraçado tu falar em "resiliência", aprendi isso escrevendo matérias pro "O que eu tenho?" e eu sempre brinco dizendo que meu nível de resiliência é baixo - imagina que eu entrei numa depressão ridícula pq quebrei o pé! Tiro o gesso na segunda.
Eu me sinto culpada, sabia? Por ser fraquinha assim... e fica cada vez mais claro que você sempre me deu força. E me dá.
Eu sou tímida (muito!), falo nada ao vivo... mas você não faz ideia do quanto eu te amo!
Gente, e essa música do los hermanos que tu citou?! Agora tô pirando aqui!!!
ResponderExcluirAi, tô emo!
Acabou de ganhar mais uma fã, Fabi!
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