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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Kasihan, Compaixão, Compassion


Acabando de assistir o filme o grande milagre, fiquei com uma sensação estranha, quase mágica. Um gosto agridoce na boca. A história das três baleias que ficaram presas no gelo do Alaska deixou a minha cabeça cheia de pensamentos espirais. Um deles é a certeza de que a compaixão é a força mais poderosa que existe nesse mundo. Não há nada que se compare a compaixão. Nada mais incrivelmente potente em toda a face dessa terra. Pensei também no esfcelamento do amor, que vem exatamente na contrapartida da compaixão. No filme, as baleias que estão encurraladas num buraco de gelo não saem do lado de seu filhote até o último minuto. O casal de baleias fica junto ao seu filhote e faz de td para salvá-lo. A certa altura o salvamento está ali para elas, mas o filhote está fraco demais para seguir. Então elas ficam ali junto ao filhote num esforço sem par, para salvá-lo, o que não acontece. Ao fazer isso elas próprias correm risco de vida, mas ainda assim não desistiram. Fiquei pensando nas nossas crianças do bodeh. O orfanato mais sem coração que já vi na vida. A maioria daquelas crianças são órfãos de pais vivos.
Estão ali porque foram abandonadas. Ou por sua situação física como a patrícia que nao tem uma parte da perna e tem alguns dos dedos deformados (provavelmente ainda consequência dos produtos lançados sobre o Vietnam durante a guerra), tem a paloma que é surda e cega e tem outras que não apresentam problema físico algum, mas foram crianças indesejadas por um motivo ou por outro.
As baleias não foram capazes de abandonar seu filho, mas esses seres humanos foram capazes de largar seus bebês em estações de trem, na porta da pagoda ou na estação rodoviária...
Voltando ao filme, observei como a espiral de compaixâo tragou a todos para dentro do seu poderoso amor.
Muitos decidiram salvar as baleias por propositos exclusivamente publicitários, por vaidade pessoal, interesse comercial ou marketing político, mas o fato é que a compaixão ali gerada, promoveu uma qualidade de energia infinitamente superior ao que se imaginava no início de todo processo.
Independente das motivações pessoais de cada um, o bem foi realizado, o milagre surgiu por conta disso.
Outro dia li no Facebook que caridade que se mostra, não é caridade, é vaidade. Pois eu não sou tão purista assim, o bem que se faz não se perde, e a vaidade se esvanece ante ao poder do amor. Quem me dera toda vaidade humana se refletisse em ações públicas de caridade, ao invés de guerra, competições, consumismos, ganancias e maldades. Eu não estou aqui pra julgar as intenções dos corações mas para amá-los e partilhar com eles o exercício incansável e infindável da compaixão.
Naime Silva, pensei em voce o filme inteiro ♥
Você sente saudade de um tempo que ainda virá...e virá, sim, virá!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Fada

Pela escuridão da floresta sozinha
A única brecha de luz que existe
Repousa na ponta das minhas asas